Uma coluna da revista KOBÁ assinada por Pai David Dias
Sincretismo: substantivo masculino. Aquilo que, na maioria das vezes, relaciona- se a um determinado contexto religioso conotando fusão, síntese, amálgama. União ou mistura de ideias ou doutrinas heterogêneas.
Embora ainda pouco discutido, o tema sincretismo vem tomando certa proporção, principalmente perante as religiões afro-brasileiras. O movimento em torno deste assunto toma notoriedade e polêmica a partir de 1983, durante a 2ª Conferência Mundial da Tradição Orixá e Cultura (COMTOC), realizado em parceria de dois dos grandes nomes da cultura de orixá: Deoscóredes Maximiliano dos Santos (Mestre Didi) e o professor e até então vice-chanceler da Universidade de Ilê-Ifé Wande Abimbolá.
O ato revolucionário deste encontro levanta uma importante discussão pertinente a todas as comunidades tradicionais de terreiro: A insistente presença e manutenção do que eu vou chamar de sincretismo estrutural dentro das comunidades afro-brasileiras. O episódio é marcado por um documento nomeado “Manifesto anti-sincretismo”, assinado por algumas das grandes autoridades dos candomblés na Bahia, dentre elas: Mãe Menininha do Gantois, Mãe Stella de Oxóssi, Mãe Olga de Alaketo, Mãe Tetê de Iansã e Mãe Nicinha do Bogum. A proposta era de publicar alguns dos argumentos que combatiam a opressão e o apagamento promovido pelo sincretismo numa proposta de fusão. (...)
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