Há um provérbio africano que diz: “Até que os leões contem suas histórias, os contos de caça sempre glorificarão o caçador”. Não tenho dúvidas que nossos terreiros são espaços que respiram, vivenciam e transmitem histórias contadas pelos leões e leoas. E com essa certeza, me pego questionando em como nossas histórias, os itans dos orixás, e nossa concepção de mundo podem inspirar a (re)pensar nossas relações raciais, sociais, políticas, educacionais e culturais.
Como o tema dessa edição é gênero e também homenageia Ogum, fiquei me perguntando qual caminho iria seguir. E aí, entre os muitos caminhos possíveis, senti-me instigado a explorar a ideia de Ogum com o conhecimento relacionado à experiência de meninos negros na escola. (...)
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