Localizada em Salvador, a Sociedade exerce um papel importante no resgate da cultura africana e afro-brasileira
O Projeto de Lei (PL) 011, de autoria do vereador Almir Santos (PL/BA), foi aprovado no último dia 5, reconhecendo a Sociedade Beneficente Sócio Educativa Recreativa e Religiosa Oba L'Okê como Patrimônio Histórico e Cultural de Origem Africana e Afro-brasileira do município Lauro de Freitas, na Bahia. Fundado como Casa do Rei e Senhor das Alturas e instaurado como “Oba L'Okê”, o terreiro é responsável por importantes ações sociais, a instituição é considerada uma referência na luta pela valorização da cultura negra africana.
Um dos responsáveis pela direção da casa, o Babalorixá Vilson Caetano de Sousa Junior, Doutor em Antropologia e professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), desenvolve pesquisas na área voltada aos povos afro-brasileiros e possui estudos sobre comunidades tradicionais. Junto dele na diligência, o axogun e artista plástico Rodrigo Siqueira, agrega aspectos artísticos nessa difusão. À frente dos trabalhos religiosos, eles contribuem para o fortalecimento dos fundamentos ancestrais, interligando-os com a sociedade atual.
Em 2014, a Sociedade foi reconhecida como Utilidade Pública Municipal pelo Estado da Bahia, por desenvolver projetos voltados à população. Neste ano, por conta da crise sanitária instaurada, a casa lançou um memorial que visa resguardar e preservar os saberes e conhecimentos afro-religiosos. O acervo on-line, composto por documentos e fotografias, recebeu apoio governamental através da Lei Aldir Blanc e se encontra disponível no site do Instituto.
Considerada uma vitória para as comunidades de terreiro, o babalorixá Vilson Caetano comenta o reconhecimento do Ilê Oba L'Okê e agradece o apoio — físico e espiritual — dado nesse processo. ‘Gratidão aos orixás, à nossa ancestralidade, a todos e todas que acreditaram desde o início nesse projeto’, afirma.
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