O rapper contextualiza o encontro com os três segmentos e as influências encontradas na produção da sua arte
Uma roda formada. Os atabaques vibrando ao som do rap. Um convite para rimar e improvisar com entidades espirituais. O cenário compõe a primeira experiência do rapper Thiago Elniño em fazer parte da corrente mediúnica de um terreiro de Umbanda. Esse momento foi o ponto de partida para o músico entender tanto questões pessoais referentes à sua ancestralidade quanto contextos atrelados à musicalidade — o que contribuiu para o direcionamento dos seus trabalhos dentro e fora do rap. Interligando música e pedagogia com fundamentos das religiões de matrizes africanas, o artista lançou o seu terceiro álbum da carreira, denominado Correnteza, estabelecendo analogias com a força e a fluidez.
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A música sempre fez parte de Thiago, estando presente em toda a sua vida. Quando menor, o artista teve contato com diferentes instrumentos, como violão e teclado, e participou de pequenas bandas com seus amigos. No entanto, a sua ligação com o rap se intensificou no início dos anos 2000, ao conhecer o Espaço Cultural Francisco de Assis França (EFCA), localizado em Volta Redonda, no Sul Fluminense. A partir de uma forte ligação com a educação popular, método que valoriza todos os tipos de saberes e as realidades culturais, Thiago, que sempre se considerou politizado na sua comunicação, trabalhava temáticas sociais, bastante presentes em seu cotidiano. (...)
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