Localizado no município de Duque de Caxias, o Terreiro da Gomeia teve o seu tombamento aprovado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), na última quinta-feira (25). No entanto, a medida precisa ser sancionada pelo governador em exercício Claudio Castro para que a preservação cultural do local seja garantida.
Importante espaço para as religiões de matrizes africanas, o terreiro ficou conhecido ao ser dirigido por João Alves Torres Filho – conhecido como Joãozinho da Gomeia –, um dos grandes responsáveis por disseminar a cultura afro-brasileira pelo país. Considerado um dos pioneiros candomblecistas na região Sudeste do país, dirigiu o local durante o período entre 1951 e 1971.
Em 2020, a prefeitura de Duque de Caxias chegou a iniciar um projeto para ocupar o local, onde seria construída uma creche. Porém, a pressão social alinhada com a atuação do Ministério Público Federal (MPF) e da Defensoria Pública do Estado (DPE), que consideram o local um patrimônio histórico material e imaterial, fizeram com que outras medidas fossem tomadas.
O trabalho da Comissão de Preservação e Tombamento da Memória Gomeia, formada por religiosos e descendentes espirituais de Joãozinho, foi fundamental para que essa conquista fosse alcançada. Um dos seus objetivos é criar um centro cultural de pesquisa de matriz bantu e de preservação da memória do babalorixá.
Em pronunciamento ao coletivo KOBÁ, a deputada Mônica Franscisco, autora do Projeto de Lei (PL) 2905, que determina o tombamento por interesse histórico e cultural do Terreiro da Gomeia, falou sobre a importância do feito para as comunidades de matrizes africanas.
Coordenador da Comissão de Preservação e Tombamento da Memória Gomeia, Rafael Lêmba Dyala comentou o processo dessa iniciativa.
O coletivo KOBÁ ressalta o apoio ao PL defendido pela Comissão e por setores governamentais que apoiam as causas relacionadas à religiosidade de matrizes africanas.
Veja.
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